A Estufa Fria é um local emblemático em Lisboa que prima pela beleza. Gostei de a visitar, embora ache que o espaço podia estar melhor organizado, nomeadamente no que toca à identificação das plantas que nem sempre se percebe bem. Ainda assim, recomendo a visita nomeadamente aos domingos, até às 14 horas, pois a entrada é gratuita. Aqui fica um pouco da história e do que poderão ver...


Choose your language
 French German Spain Italian Dutch Russian Japanese Chinese Simplified






História: No local onde actualmente se encontra o complexo da Estufa Fria de Lisboa existia, na viragem do séc. XIX, uma pedreira de onde se extraía basalto. Devido à existência de uma nascente de água que comprometia a extracção da pedra, a pedreira deixou de funcionar. A cova da pedreira foi então aproveitada por um modesto jardineiro para albergar espécies vegetais oriundas de todo o mundo, que iriam servir o plano de arborização da Avenida da Liberdade (junto ao Parque Eduardo VII). A 1ª Guerra Mundial atrasou este plano e as plantas foram criando raízes no pequeno local abrigado.

Em 1926, o arquitecto e pintor Raul Carapinha vê ali um agradável espaço verde e idealiza um projecto para o transformar na Estufa. Este projecto foi concluído em 1930 e inaugurado oficialmente em 1933. 

O espaço é constituído por 3 estufas: Fria, Quente e Doce, ocupando cerca de um hectare e meio de terreno junto ao Parque Eduardo VII. A Estufa Quente e a Estufa Doce, ideias do Engenheiro Pulido Garcia, foram abertas ao público em 1975. O nome "Estufa Fria" resulta do facto de esta não utilizar qualquer sistema de aquecimento e, inicialmente pensada como abrigo para plantas, manteve sempre essa função, enquanto reunia um espólio vegetal proveniente de todos os cantos do mundo. No interior da "Estufa Quente" convivem plantas tropicais, das quais se destacam a bananeira, cafeeiro e mangueira. Por fim, a "Estufa Doce", a mais pequena de todas, é a casa das Cactáceas. Plantas gordas, assim chamadas devido às suas folhas grossas e de consistência gelatinosa. Aqui podemos encontrar os seus membros mais conhecidos: os cactos.

De realçar ainda o aproveitamento das muitas pedras que ornamentam a Estufa Fria e fazem parte das escadarias, cascatas e pequenos lagos existentes, que são originárias da pedreira de basalto que ali existia.